domingo, agosto 28, 2011

Agressão sonora

(...) Sexta, sábado e domingo, há, em Carnide, a partir de Maio, uma festa ou um baile, com uma espécie de música devastadora e penetrante, que não deixa dormir ninguém num raio de, pelo menos, dois quilómetros.

Nunca a polícia interveio neste simpático exercício, que, suponho, considera inócuo e perfeitamente legal. Reparei agora que este hábito se estendeu pela província, perante a benevolência de autoridades que sofrem de insónias ou que não querem interferir com a democracia.

Num Estado que proíbe tudo e regula tudo, a privacidade não conta. Só somos livres dentro de casa e com isolamento de som. A rua é de quem toma conta dela.»
(Vasco Pulido Valente, no Público)

Sem comentários: