terça-feira, março 10, 2009

Cada vez mais jovens ...

Uma médica do Madison Memorial Hospital, nos EUA, fala acerca de uma "mãe" de 9 anos que acaba de ter a sua criança no Hospital (um bebé com cerca de 2,3oo kg).


Falado em inglês, noticia da CBS news, editada em 23 de Janeiro de 2009.

Encomendar um filho na telepizza

Nem todos estão conscientes de que, hoje em dia, diagnóstico pré-natal significa geralmente abortar, na presunção de que é possível evitar algumas doenças, matando o futuro doente.

A verdade é que apenas se avaliam probabilidades de adoecer, o que significa que se matam seres humanos saudáveis, apenas para que não adoeçam num futuro imprevisível.
Para sermos coerentes, provavelmente mataríamos toda a gente porque todos estamos em risco de adoecer ( ou de ter um acidente grave com sequelas).

Tudo isto começou há muito tempo, com a fertilização in vitro. Desde essa altura que a produção de embriões humanos por manipulação no laboratório, teve sempre como efeito colateral a morte de centenas de irmãos desse ser, por não terem sido "seleccionados" para implantação no útero.


Claro que tudo isto é justificado com ideais muito virtuosos, como sejam uma sociedade sem doentes, ou o evitar de terríveis doenças hereditárias. À medida que for aumentando a capacidade de diagnóstico precoce, a manter-se esta cultura, iremos matando ("seleccionando") cada vez mais crianças, muitas delas saudáveis, apenas porque tinham uma "probabilidade" de vir a adoecer, algures no futuro.


O facto de nem todos os que têm predisposição genética para adoecer, adoeçam efectivamente (é apenas uma probabilidade), tal como o facto de que os ditos "saudáveis" adoeçam frequentemente de doenças comuns, não tem demovido os novos "construtores" de seres humanos.

O poder de "construir" e destruir seres humanos é, na sua argumentação, um dogma intocável: quem se opõe é retrógrado, inimigo do "progresso", tem interesses ocultos, etc.


Com tudo isto já se estão também a criar novas discriminações sociais: entre os que têm dinheiro para a "selecção" dos filhos, e os pobres que ficariam entregues ao azar genético.


No meio de tudo isto, sobra a superstição científica sobre o valor preditivo dos genes. Basta passar os olhos pelos casos do mundo real.
No New York Times de Agosto passado, uma entrevista a duas irmãs gémeas, ambas com 92 anos de idade, mostrou uma delas vibrante de saúde e actividade, vivendo sozinha e conduzindo carro, fazendo compras e participando em actividades da comunidade. A outra acamada, por fractura osteoporótica, com uma doença que a está a levar à cegueira, com incontinência urinária e demência.

Os genes são apenas um dos dados da saúde e da doença: os factores do ambiente, da cultura, os hábitos de vida, a alimentção, as escolhas individuias, etc. têm um peso equivalente no prognóstico.

James W. Vaupel é director do Laboratório do Instituto Max Planck, na Alemanha, dedicado ao estudo da "Sobrevivência e Longevidade". Segundo ele, enquanto a altura de uma criança pode ser explicada em 80 a 90% pela altura dos pais, no que diz respeito à longevidade, os genes herdados apenas contribuem com 3%. De facto sabe-se que os gémeos monovitelinos ("verdadeiros" gémeos) morrem com diferenças de idade média de cerca de 10 anos.

O que tudo isto significa é que as probabilidades e generalizações apenas funcionam na estatística de grandes grupos. Em termos gerais, sabemos que um obeso que fuma tem mais hipóteses de morrer cedo do que o magro, que não fuma: mas perante casos individuais, nada sabemos.

A maioria das pessoas em famílias com doenças hereditárias não morrem da doença que herdaram, muitas nem sequer têm a doença.

segunda-feira, março 09, 2009

TPC

Esta jovem de 12 anos gravou este trabalho que fez para a escola (7º ano de escolaridade).



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