terça-feira, setembro 25, 2007

Manuais escolares


A negociata dos livros escolares continua, apesar dos protestos púdicos de S. Exª de que tudo não passa de "insanidades" (V.Exa lá saberá ...). Entretanto o tempo vai passando e as oportunidades vão-se perdendo.

No Público de hoje, cartas ao director:

«Manuais escolares»
«25.09.2007 Há dois anos produzi neste mesmo espaço ou semelhante uma opinião sobre manuais escolares, onde denunciei os preços inconcebíveis praticados pelas editoras relativamente àquele produto e os estratagemas adoptados para o encarecer sub-repticiamente. Neste aspecto, nada melhorou.

Agora venho denunciar uma nova manigância das editoras. Talvez não se trate, afinal, de uma novidade, mas de um facto que só agora se me tornou visível, devido à minha qualidade de encarregado de educação. Como se sabe, as editoras colocaram delegados nos estabelecimentos escolares a promover os manuais. Nada contra. Propõem um produto a um preço e é com base na qualidade do manual e no preço do mesmo que os professores escolhem o artigo, por entre um monte de propostas.

Então, quando vou às editoras comprar os manuais para o meu educando (e vou às editoras porque a qualidade de docente me facilita um desconto de 15 por cento), levo a lista dos manuais fornecida pela escola do meu filho, lista que inclui os respectivos preços. Reparo que nalguns casos o preço correspondia ao pacote manual + caderno de fichas e que noutros era preciso pagar este último elemento por fora. É claro, recusei-me a embarcar nesta mercancia sorrateira e adquiri apenas o produto cujo preço correspondia ao da dita lista e que é ao mesmo tempo o produto que os professores adoptaram.

Pronto. O pior aconteceu-me na ASA. Para além de não corresponderem aos preços (diferenças à roda de cinco euros, 13,9 versus 18 e tal), acresce não terem para venda o manual em separado; que não sabem quando terão.

Senhora ministra! Professores!»

Augusto Castro Pereira, Santo Tirso