terça-feira, dezembro 11, 2012

Manipulações e complicações

O uso indevido da fertilização in vitro (FIV) ficou patente num  estudo realizado em França pelo Instituto Francês da Saúde e da Investigação Médica (INSERM) (publicado na Fertility and Sterility de Abril).


17% das mulheres que engravidaram artificialmente, mais tarde também tiveram filhos de forma natural.

De igual modo, 24% das mulheres que não tiveram êxito com a reprodução assistida, conseguiram posteriormente ser mães. 

Quando se conjugam todas estas circunstâncias, a proporção de mulheres que tiveram filhos depois de não o ter conseguido com a FIV chega a 45%. Isto indica que muitos casais não são totalmente inférteis e recorrem demasiado cedo à técnica.

Como se sabe, os bebés nascidos desta técnica têm mais probabilidade de terem doenças congénitas (aqui, artigo na Time)

sábado, dezembro 08, 2012

O papel do pai no século XXI

Conferência sobre conciliação trabalho-família, em Jaen, Espanha. Intervenção da Prof.a Maria Calvo (Universidade Carlos III):


O Pai não é «aquele que colabora na procriação ou aquele que traz dinheiro para casa; não é uma 'mãe em duplicado', não é um amigo, nem um colega». «É muito mais do que tudo isto - é uma figura imprescindível que é responsável pelo equilíbrio». 

Atualmente muitos pais estão físicamente ausentes, mas bastantes, também estão psíquicamente ausentes: «na sociedade atual, pede-se aos homens que atuem como as mães, mas o papel masculino é essencial».

Legendas em espanhol. 

sexta-feira, dezembro 07, 2012

literatura infantil / juvenil distópica

«O êxito de "Os jogos da fome" veio trazer uma nova moda no campo da ficção juvenil: as distopias ou histórias passadas em futuros onde imperam dificuldades e conflitos.»


(...) «os melhores romances distópicos retratam os medos que todos temos e sempre foram leituras apreciadas pelos jovens, porque tratam de inquietações próprias de quem está a entrar na idade adulta.

A isso podemos acrescentar que as caraterísticas da nossa sociedade propiciam tanto estas inquietações como aqueles temores: vivemos cada vez mais controlados e frequentemente nas mãos de quem se sente com legitimidade para experimentar com seres humanos; e, hoje com mais facilidade que ontem, muitos jovens cedo se dão conta das falsidades da sociedade em que vivem e da falta de integridade de boa parte dos adultos. 

Isto é: estes romances triunfam também por falarem de jovens que, ao mesmo tempo que anseiam por uma liberdade que só a verdade sobre si próprios e sobre o mundo em que vivem lhes poderia dar, se dão conta de estar a viver numa sociedade asfixiante e impiedosa, onde se marginalizam ou matam os mais indefesos, tudo feito com muita discrição e por motivos de compaixão.» (...)

«Tudo isto mostra que a indústria do entretenimento não procura apenas convencer-nos a comprar os seus produtos; procura também afincadamente que lhe imitemos o discurso. Para tal apoiam-se na cumplicidade de quem paga para que se  fale do que agrada» (...)

Em aceprensa.pt, sobre os títulos: Os Jogos da Fome, Os trípodes, A longa marcha, O dador de memórias, União, Delirium e Divergente,