Assume inaceitáveis proporções de barbárie e catástrofe.
À intolerância étnica aliam-se grandes interesses económicos e promessas cumpridas de sectarismo religioso.
Perseguem-se e matam-se selvaticamente os pacíficos, que vivem e fazem a vida.
Sejam eles cristãos ou muçulmanos.
Viver a fé nesses calvários é descaramento punido com pena de morte.
E morte violenta e brutal.
Aqui andamos excessivamente preocupados e distraídos com outras coisas.
Dinheiro, o sol e a praia, bem-estar, regalias perdidas, buracos de ozono, protecção de animais.
Lá no Oriente Médio ou em África, o que está em extinção são pessoas.
O vento trás consigo os gritos aterrorizados dos nossos irmãos.
Mas, por entre o zoom das caixas registadoras, o ruído dos telemóveis e o barulho dos muitos discursos e debates, sindicais e parlamentares, o silêncio do Ocidente é ensurdecedor.
E conivente.
Um desastre a prazo.»
(Miguel Alvim, Advogado)
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