segunda-feira, fevereiro 07, 2011

dar a volta por cima

«A crise económica mundial obrigou a uma redução do orçamento da Educação da maioria dos países. O Reino Unido não é excepção. Aí, a opção não passou primordialmente por encerrar escolas ou cortar nos curriculos, mas sim pela redução nos gastos da Administração Central (Ministério da Educação e estruturas dependentes) e o fim de programas sem impacto directo na qualidade da educação.

As reformas são sustentadas por estudos realizados ex ante por equipas de peritos imparciais, sujeitos a debate público. A aposta consensual foi que, sem diversidade de projectos educativos e sem aumento da autonomia das escolas, o sistema de ensino do Reino Unido não teria capacidade de responder aos desafios do século XXI. Escolas autónomas, para além de serem mais baratas e eficientes, têm melhores resultados no combate ao insucesso escolar, na recuperação de maus resultados sistemáticos e no estímulo da mobilidade social.

Na concretização deste objectivo, o Governo britânico avançou com três medidas concorrentes: i) atracção para a rede pública de escolas de sucesso geridas por entidades privadas, para que todos possam aceder gratuitamente a boas escolas; ii) incremento da autonomia pedagógica e financeira das escolas do Estado, contratualizando com as que o desejem, em regime idêntico ao aplicado aos operadores privados; iii) incentivo à criação de novas escolas com projectos educativos inovadores.

Em poucos meses já são cerca de 250 candidaturas - de pais, professores, instituições sociais e humanitárias bem como de empresas - para a abertura de Free Schools e Academies (escolas contratualizadas pelo Estado num sistema idêntico ao dos Contratos de Associação). Estas escolas são parte da rede pública, não podem fazer selecção de alunos e serão de acesso gratuito. O Estado garantirá o respectivo financiamento em regime de equidade, de acordo com o custo por aluno estabelecido para cada grau de ensino e valência curricular. Da avaliação positiva pelo Governo dependerá a continuidade destas escolas.» (...) (No Forum para a Liberdade de Educação)

Sem comentários: