- Ná! Não acredito nessas coisas: eu sou ateu. Repara, tu já alguma vez viste a mãe?!»
terça-feira, janeiro 31, 2012
terça-feira, janeiro 24, 2012
a estupidez não é crime ...
«a estupidez, e não só em Portugal, não é crime. É um modo de vida. E em geral lucrativo» (Nuno Pacheco, Público, 23 de Janeiro de 2012):
(...) «"agora", é assim que se escreve. No tal "bom português" que por aí se vende como sabonetes. Um exemplo recente: na edição dos contos de juventude de John Cheever ( Fall River e outros contos dispersos , Sextante, 2011), a mesma editora que dera à estampa os fulgurantes Contos Completos , em dois volumes e num português decente, cedeu à tentação da novilíngua. E o pobre Cheever é posto a "escrever" frases como esta (Pág. 134): "Oh, para com isso, Charles! - disse a Srª. Dexter, impaciente." Para com isso... fazer o quê, alguém explica? Cheever não pode, que já morreu. O tradutor também não, porque "é a lei" e ele não tem culpa nenhuma. A editora dirá o mesmo. E, como a vida não "para", temos que aturar isto.» (...)
«Por exemplo, em lugar de "greve geral pára o país", ficaria "greve geral para o país". Totalmente diferente, não? E como ficaria o título de uma das mais recentes crónicas de Miguel Esteves Cardoso, "Alto e pára o baile"? "Alto e para o baile"? A primeira manda parar de dançar; a segunda apela a que se dance. Que idiota terá sancionado isto?
Talvez todos. Talvez nenhum. O certo é que já se admite que, sim, talvez haja correcções ao acordo, não se sabe quando, mas esta poderá até ser uma delas. E o que sucederá depois, não nos dizem? Venderão os acentos à parte, avulsos, em bolsinhas de plástico, para colarmos nos livros antes assassinados por tamanha displicência? Pedirão desculpa? Indemnizarão os leitores? Serão presos? Nada disso sucederá, porque a estupidez, e não só em Portugal, não é crime. É um modo de vida. E em geral lucrativo. »
quarta-feira, janeiro 11, 2012
"As barrigas não se alugam"
(...)
«É claro que os avanços da ciência nos dias que correm já permitem o recurso a inúmeras técnicas que, nos últimos tempos, nos chegaram a tentar convencer que até os homens já podem engravidar.
A questão é que nem tudo o que o homem já sabe fazer deve pôr em prática e o caso das barrigas de aluguer é um desses casos. Não por impedimentos científicos, mas por questões éticas e morais, como sejam a de resolver o conflito entre duas mulheres que reclamam a maternidade de uma mesma criança, sendo que uma forneceu o óvulo e outra gerou, ao longo de nove meses na sua barriga, uma vida que, sem isso, não teria condições de sobreviver.»
(Raquel Abecassis, Rádio Renascença)
«É claro que os avanços da ciência nos dias que correm já permitem o recurso a inúmeras técnicas que, nos últimos tempos, nos chegaram a tentar convencer que até os homens já podem engravidar.
A questão é que nem tudo o que o homem já sabe fazer deve pôr em prática e o caso das barrigas de aluguer é um desses casos. Não por impedimentos científicos, mas por questões éticas e morais, como sejam a de resolver o conflito entre duas mulheres que reclamam a maternidade de uma mesma criança, sendo que uma forneceu o óvulo e outra gerou, ao longo de nove meses na sua barriga, uma vida que, sem isso, não teria condições de sobreviver.»
(Raquel Abecassis, Rádio Renascença)
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