sexta-feira, dezembro 07, 2012

literatura infantil / juvenil distópica

«O êxito de "Os jogos da fome" veio trazer uma nova moda no campo da ficção juvenil: as distopias ou histórias passadas em futuros onde imperam dificuldades e conflitos.»


(...) «os melhores romances distópicos retratam os medos que todos temos e sempre foram leituras apreciadas pelos jovens, porque tratam de inquietações próprias de quem está a entrar na idade adulta.

A isso podemos acrescentar que as caraterísticas da nossa sociedade propiciam tanto estas inquietações como aqueles temores: vivemos cada vez mais controlados e frequentemente nas mãos de quem se sente com legitimidade para experimentar com seres humanos; e, hoje com mais facilidade que ontem, muitos jovens cedo se dão conta das falsidades da sociedade em que vivem e da falta de integridade de boa parte dos adultos. 

Isto é: estes romances triunfam também por falarem de jovens que, ao mesmo tempo que anseiam por uma liberdade que só a verdade sobre si próprios e sobre o mundo em que vivem lhes poderia dar, se dão conta de estar a viver numa sociedade asfixiante e impiedosa, onde se marginalizam ou matam os mais indefesos, tudo feito com muita discrição e por motivos de compaixão.» (...)

«Tudo isto mostra que a indústria do entretenimento não procura apenas convencer-nos a comprar os seus produtos; procura também afincadamente que lhe imitemos o discurso. Para tal apoiam-se na cumplicidade de quem paga para que se  fale do que agrada» (...)

Em aceprensa.pt, sobre os títulos: Os Jogos da Fome, Os trípodes, A longa marcha, O dador de memórias, União, Delirium e Divergente,

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