sábado, outubro 30, 2010

criancices ...

JPP, no Abrupto:

«Por falar em “Magalhães”, lembram-se do computador azul? Pois deviamos todos lembrar-nos, porque este foi outro exemplo do desperdício gigantesco do primeiro governo Sócrates, em mais um “programa bandeira”, mal pensado, feito à custa de milhões e milhões, e cujos resultados em termos pedagógicos também deveriam ser estudados.

Na literatura académica internacional somam-se os estudos sobre o efeito pernicioso de introduzir naquela idade e com aqueles objectivos, computadores individuais, e as primeiras estatísticas mostram uma quebra de rendimento escolar. Se o “Magalhães” tivesse tido sequer 5 minutos de consideração pedagógica, talvez se tivesse utilizado melhor o dinheiro que se gastou. Mas não, foi tudo meia bola e força para o Primeiro-ministro andar a oferecer os computadores nas escolas com a televisão atrás.

Convinha saber agora onde estão os muitos milhares de "Magalhães", quantos estão ainda a funcionar e, desses, quantos ainda tem um vislumbre de utilização pedagógica.

É que, como se passa nestes “programas bandeira” feitos sem preparação e sem estudos, não se previram coisas tão simples como as avarias num computador que não é fácil de reparar. É que, a qualquer escola que se vá, e quando se pergunta pelos "Magalhães" que ainda estão em uso, a resposta é, com as habituais e rara excepções, ... apenas uma pequeníssima parte. E este foi mais uma das coisas que custou milhões e milhões e milhões.»

quinta-feira, outubro 28, 2010

O seu filho vai ao Pavilhão do Conhecimento?

O seu filho vai ao Pavilhão do Conhecimento? Vai mesmo?

As escolas do país começaram a organizar visitas ao Pavilhão do Conhecimento. Vão querer que o seu filho visite a exposição "Sexo... E então?". Quer saber como é? – Veja esta Reportagem SIC.

Reparou? O seu filho entrará em zonas "vedadas a adultos". Vedadas porquê?

– Não há respostas porque "pai não entra".

De novo, o sexo como clandestinidade, contrabando à socapa dos pais, fora das fronteiras da família. Apenas ferramenta polivalente e flexível, e – isso sim - cuidadosamente higienizada.

Pais, sejamos firmes. Somos nós quem sabe o que é melhor para os nossos filhos.

PROTEJA O SEU FILHO: escreva à sua escola ->

Carta pronta a enviar

Com pena, informamos que uma empresa se quis colocar do lado desta acção hostil às famílias.

segunda-feira, outubro 25, 2010

poupança imediata

O Ministro das Finanças desafiou o país a encontrar possíveis cortes eficazes na despesa pública que simultaneamente:
- minimizem o aumento de impostos;
- minimizem a redução salarial.


Sugerimos algumas medidas concretas:

1. Extinguir o subsídio social na maternidade nos casos de interrupção voluntária da gravidez (cfr. Dec-Lei 105/08). Se foi retirado o abono de família para casais que ganham 800 euros/mês, porquê manter um subsidio de maternidade a quem não quis/pode querer a maternidade?
2. Cobrar pelo segundo e subsquentes abortos.
Aumentam as mulheres que fazem do aborto um contraceptivo, contra a lei da interrupção voluntária da gravidez. Quem aborta por planeamento familiar deve pagar com o seu dinheiro, e não com o dinheiro de todos.
3. Liberalizar a Educação sexual
A recente Lei 60/2009 implica supérfluos custos de formação e contratação de professores, materiais, entre outros. Torna a disciplina opcional reduzirá enormemente as respectivas despesas.

O impacto destas 3 medidas é imediato
.
Segundo um estudo[1] recente da Federação Portuguesa pela Vida, nos últimos 3 anos o Estado desperdiçou mais de 30 milhões de euros com abortos a pedido da mulher, ou seja, cerca de 10 milhões de euros anuais. As medidas 2 e 3 acima indicadas reduziriam drasticamente esse valor, e corrigiriam o previsível futuro agravamento pela tendência de aumento dos abortos anuais em Portugal.

(Comunicado da InFamilia, Braga, 25 de Outubro de 2010.

Participar: é a hora dos pais e dos cidadãos!


Exmo. Senhor
Presidente do Conselho de Administração do Finibanco
finidirecto@finibanco.pt
Assunto: protesto.
O Finibanco é o patrocinador oficial da exposição “Sexo... e então?!” a decorrer no Pavilhão do Conhecimento.


Acreditem: nós gostamos de explicar aos nossos filhos as coisas simples e as coisas complicadas.
As coisas simples: por exemplo, como é que se faz o pão. E as complicadas: um dia teremos de explicar, por exemplo o sistema bancário, o cross-selling, o crédito para habitação, e, porque não?, o sexo, o amor, etc.

Talvez o mais complicado vai ser explicar como é que o FINIBANCO se pôde permitir o infeliz gesto de participar numa exposição que reduz o valor do sexo.
Desliga-o do amor estável, e pretende para ele sobretudo um valor polivalente e flexível com elevado grau de higienização.

Talvez com um pouco de exagero, mas não sem razão, R. George, professor de Princeton escreveu:
"Os grupos privados de educação sexual promovem de forma agressiva uma ideologia de irresponsabilidade sexual enquanto fingem estar preocupados com a saúde e segurança dos jovens. A verdade é que subtilmente (e às vezes não muito subtilmente) ao encorajar e facilitar a actividade sexual dos jovens, os "técnicos de educação sexual" colocam em perigo a saúde emocional e física das crianças. É tempo de se chamar a esse tipo de educação sexual aquilo que ela é: aulas de doutrina numa religião cujo único mandamento é a libertinagem".

Em nome do bem dos nossos filhos, divulgaremos este desconforto e esta pena. Talvez outras pessoas se queiram associar.

Creiam-me gratos pela atenção dispensada.
Atenciosamente,

Ana Paula e Artur Mesquita Guimarães

Obs.: somos pais de seis filhos.

http://www.finibanco.pt/portal/F_Contactenos.html?menu=Institucional
http://www.finibanco.pt/portal/F_Inst_OrgaosSociaisFinibanco.html

domingo, outubro 10, 2010

educação: os factos e os mitos urbanos

«EDUCAÇÃO SEXUAL: 6 MITOS E 6 FACTOS


Mito 1: Portugal tem a 2ª maior taxa de gravidez adolescente da Europa.

Facto 1: Portugal não tem a 2.ª maior taxa de gravidez adolescente. Piores, por exemplo, estão a França, a Dinamarca, a Suécia, a Noruega, a República Checa, a Islândia, a Eslováquia, o Reino Unido (mais do dobro de Portugal), e a Hungria (o triplo). Já agora, nos EUA, o maior consumidor e exportador de educação sexual, a taxa é 4 vezes maior que a portuguesa.



Mito 2: Os conteúdos de educação sexual são totalmente científicos.

Facto 2: A biologia da reprodução, infecções sexuais (IST) e contraceptivos são matérias leccionadas há décadas. Que transmite então a educação sexual? Uma espécie de revolução sexual tipo Maio de 68, mas para crianças. Num livro divulgado em todas as escolas, propõe-se que alunos de 12 anos debatam em aula as seguintes questões: «Já fingiste um orgasmo?», «Descreve-me a tua primeira experiência sexual», «Tens fantasias sexuais?», «O que te excita sexualmente?». Mais de mil escolas compraram material que propõe: masturbação solitária, em grupo, mútua. No Minho, um professor foi punido por recusar usar um livro que, entre outras coisas, propunha às crianças desenhar o corpo e as partes onde gostam de ser tocadas. No mesmo livro diz-se que as crianças precisam de conhecer «o vocabulário médico (pénis, vagina, relações sexuais), calão (f..., con..., car...)».



Mito 3: A Educação Sexual está cientificamente fundamentada nas ciências da educação e psicologia. Ora, os pais não são técnicos.

Facto 3: Os materiais de educação sexual usam abundantemente os ‘jogos de clarificação de valores’ de Rogers/Coulson e os ‘dilemas morais’ de Kohlberg, cientistas famosos. E, de facto, os pais comuns desconhecem essas teorias. Mas note-se que Rogers/Coulson afirmaram ser muito perigoso expor crianças às suas teorias. E Kohlberg concluiu das suas experiências na Cluster School que «As minhas ideias estavam erradas. O educador deve transferir valores e comportamentos, e não apenas ser um facilitador ao jeito de Sócrates ou Carl Rogers». Que aconteceu, entretanto, na Cluster School? «Esta escola serviu para gerar ladrões, mentirosos e drogados, apesar de a escola ter apenas 30 alunos e contar com 6 professores e dúzias de consultores».



Mito 4: A eficácia da educação sexual, na prevenção da gravidez e do contágio de doenças, certamente foi avaliada cientificamente.

Facto 4: Não é verdade: na educação sexual escasseia o trabalho científico. Mais de 30 anos após o lançamento da educação sexual nas escolas dos EUA, Kirby tentou uma meta-análise sobre a eficácia dos programas e encontrou apenas 23 estudos com um mínimo de qualidade. Neste momento só é certo que: 1. Nenhum modelo é consensual; 2. Continua por provar que exista um modelo de ‘sexo seguro’ que diminua a gravidez adolescente e o contágio de ISTs.



Mito 5: A Educação Sexual deve ser obrigatória, tal como a Matemática é obrigatória.

Facto 5: A Matemática é obrigatória porque é exigida pela realidade. Um engenheiro precisa do cálculo diferencial, e por isso precisa de saber derivar. Quem opta por não ter Matemática a partir do 9º ano está a optar por não ser engenheiro. Mas quem prescinde do ‘Maio de 68 para crianças’ renuncia a quê? Às convicções sexuais do professor de Educação Sexual.

A maioria dos pais ignora as convicções pessoais do professor de Matemática. Mas será que um ateu aceitaria, para professor de Educação Sexual do filho, um padre? E quantos casais aceitariam um activista gay? No modelo actual tudo isto pode (vai) acontecer, sem que os pais possam impedir.



Mito 6: Os jovens têm actividade sexual e é preciso ajudá-los a praticar sexo seguro sem o risco da gravidez ou ISTs.

Facto 6: Qual é a segurança do ‘sexo seguro’? A OMS declarou, em 2005 e 2007, que os contraceptivos hormonais combinados são cancerígenos nos seres humanos (grupo 1, o máximo). Onde estão os materiais sobre ‘sexo seguro’ que referem isso? Quem informa as adolescentes de que o risco de desenvolver cancro é máximo em quem toma a pílula durante 4 anos antes da primeira gravidez de termo? E quem alerta quanto à ineficácia do preservativo para evitar o contágio de praticamente todas as IST? E quem diz às crianças que a intimidade sexual é muito mais que prazer, químicos e borrachas?

Mas os pais que não querem filhos expostos a estes riscos nada podem fazer. A partir desta altura haverá nas escolas gabinetes a proporcionar contraceptivos aos alunos sem conhecimento dos pais.

(João Araújo, Professor Universitário, publicado no SOL, 08. 10. 2010)