terça-feira, dezembro 18, 2007

trapalhadas do aborto no país vizinho


Após a denúncia de abortos clandestinos, alguns no último trimestre de gravidez, e da descoberta de declarações para abortamento, já assinadas e preenchidas na quadrícula "risco de saúde materna", com o nome da grávida em branco, as coisas azedaram no país vizinho.

A descoberta de cadáveres de bebés abortados em lixeiras levantou uma onda de protestos que culminou com a detenção de médicos (ginecologistas e psiquiatras) e de alguns psicólogos.

O Ministro da Saúde, Bernat Soria, chamou "inquisidores" aos denunciantes, mas o Primeiro Ministro Zapatero afirmou publicamente que é de "fazer uma reflexão sobre a actual lei para determinar se é necessária alguma modificação". Isto tem sido interpretado como o reconhecimento de que haverá espaço para estabelecer condições e limites às práticas abortivas, coisa que até agora nem sequer era admitida à discussão.

Já o líder do PP espanhol, Mariano Rajoy, diz que o que é preciso é "cumprir" a lei e não modificá-la. "É disparatado", afirma, "modificar uma lei para que aquilo que é uma violação da lei, ou um delito, deixe de sê-lo". "Denota falta de convicções", conclui.

O porta-voz do grupo parlamentar do PSOE, Diego Lopez Garrido, afirmou em conferencia de imprensa que o seu grupo parlamentar pretende abrir um diálogo com todas as forças políticas e sociais sobre esta matéria porque, diz, a sociedade espanhola, mudou muito nos últimos 22 anos (desde a aprovação da lei do aborto).

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